Tarja dos medicamentos


É difícil encontrar alguém que nunca tenha precisado tomar alguma medicação, não é mesmo? E você já reparou que dependendo do medicamento a caixa dele possui uma tarja e que ela pode variar de cor? Essa variação não é a toa.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a cor diferente na caixa de determinados medicamentos, conhecida também como tarja, indica o grau de risco que o medicamento pode oferecer à saúde.
Portanto, os remédios são classificados conforme o grau de risco que o seu uso pode oferecer à saúde do paciente. Para essa classificação, foram adotadas faixas visíveis na embalagem dos medicamentos, as chamadas tarjas.
Veja o significado de cada uma delas:

Cores das tarjas
  • Tarja vermelha: medicamentos com tarja vermelha devem ser vendidos com receita porque podem causar efeitos colaterais graves. Geralmente, é uma receita simples, mas, dependendo do tipo do medicamento, ele só poderá ser vendido com receituário de cor branca, que fica retido na farmácia.
  • Tarja preta: medicamentos que na caixa apresentam uma faixa preta são de venda e uso controlado. Eles possuem ação sedativa ou estimulante sobre o sistema nervoso central. São considerados perigosos, por isso devem ser tomados seguindo rigorosamente a indicação do médico.
Os remédios de tarja preta são considerados psicotrópicos e o uso prolongado pode causar dependência. Esses remédios só podem ser vendidos com receituário especial de cor azul, que fica retido na farmácia.
  • Tarja amarela: a tarja amarela na embalagem de um remédio com uma letra "G" escrita indica que se trata de um medicamento genérico. A medicação genérica traz em sua embalagem o nome do princípio ativo, ou seja, o componente responsável pelo efeito do remédio.
Os genéricos são seguros, têm o mesmo efeito de um remédio de marca, mas custam, em geral, quase a metade do preço do remédio de marca ou referência, chamado popularmente como “normal”.
  • Não tarjados: medicamentos isentos de prescrição (MIPs) apresentam poucos efeitos colaterais ou contraindicações, desde que usados corretamente e sem abusos, por isso podem ser vendidos sem a prescrição médica.
Os MIPs são utilizados para o tratamento de sintomas ou males menores, tais como resfriados, azia, má digestão, dor de dente, entre outros. Mesmo sem tarja, eles não devem ser utilizados sem a devida cautela e de forma indiscriminada.

Por Érica Caetano
Equipe EducaJovem